Em 1833, uma grande agência de publicidade de São Paulo precisava entregar o material do cliente mais prestimoso e exigente para os grandes jornais locais. O trabalho era duro: não existiam gráficas rápidas, computadores, nem bureaus de impressão � laser. Todo o trabalho era montado em prensas, e as ilustrações, esculpidas � talho-doce em barras de metal. Um carimbão homérico.
Aí o fornecedor de chapas atrasou, o nanquim cecou, o querosene da lamparina evaporou, o contínuo adoeceu, o mascate enrolou.
E, pela primeira vez em toda a história publicitária, os funcionários da agência de reclames tiveram que trabalhar por toda a noite afora. E como São Paulo ainda era cidade de interior, ao lado da agência existia um galinheiro, e com a barulheira toda das marteladas do talho doce, o galo não dormiu. Cucuritava a cada 15 minutos, reacordando a maioria do pessoal que jamais trabalhara em horários tão tardes e que mostravam-se cansado deveras.
Tempo se passou, essa agência abriu o trágico precedente do trabalho-publicitário-para-ontem-noite-afora. O cliente era chato e pinga-pinga, mudava de agencia todo mês. Assim o tempo passou e praticamente todas as 4 agências de São Paulo de outrora trabalhariam ao som do cocoricó do galinheiro ao lado.
É claro que o tempo passou, os galinheiros foram rareando, novos motivadores apareceram.
Mas o galo ficou imortalizado desde então.
E por aí vai…
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